domingo, 27 de junho de 2010

Back... no sure for how long.

Tava vendo um episódio de House hoje, e a paciente em questão era uma blogueira, e me deu vontade de vir aqui postar, só que meus dias andam tão sem nada, tão sem coisas interessantes que eu não tenho muito a falar não. Só de coisas do dia a dia, como por exemplo o Lele maluco resolveu vir parar aqui em Seropédica de novo do nada, ou que as coisas andam melhorando superficialmente entre eu e a Marcella, e que eu ando sem força pra fazer coisas que eu preciso fazer.

Só me fudi esse período, Nenhuma nota boa, e ainda assim eu não quero, eu não consigo estudar, e eu nem ando ficando irritada por não estar conseguindo estudar. Adiando as coisas até que elas não tenham mais tempo para serem processadas.

Enfim, fui a um edocrinologista e fiz um check up geral. Como era previsto, minha glicose veio alta e eu vou ter que aprender a comer, ou aprender a ter rotina pra comer. E eu sei o quão impossível isso vai ser...

De resto? Só o resto.
Sentindo falta de alguém. De qualquer alguém. E da amizade de um certo alguém específico.
Triste ter que aceitar que as coisas nao terminaram do jeito que foram programadas. E ainda ouvir que essa pessoa não está preocupada com isso por saber que é temporário. Será mesmo? E esse tempo será que será o suficiente para que mais danos não sejam causados, será que será suficiente para que a gente não vá embora?
Aceitar, e move on...
Eu não consigo ligar com seguir em frente por livre e espontânea pressão... essas coisas só acontecem comigo quando acontecem e ponto, e não quando as necessidades pedem. Eu, Nathalia, nunca consegui fazer isso, e fazer isso agora tem me mostrado um sentimento estranho, que eu não consigo denominar e nem descrever, só uma tristeza que eu acho que não deva ser dividida com ninguém.
Só consigo sentir pena de mim em relação a isso agora. E em relação a eu não ser apta a guiar os meus próprios passos, e nem de conseguir fazer as coisas que eu planejo, quando elas requerem um pouco mais de esforço. Como por exemplo acordar relativamente cedo (pra mim) amanha pra ir ao supermercado, e estar acordada para ver o dia passar ao invés de passar o dia todo deitada na cama vendo House como tem sido os últimos dias.

Bem, pra quem não tinha o que falar, falei demais.
Quem sabe eu não volte aqui com mais frequencia agora para poder dividir com essa tela de computador pelo menos as coisas que eu não quero que ninguém saiba. Ou pelo menos que não quero ter que falar pra alguém e ver certas reações nos rostos de pessoas...


See ya...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Utilidade máxima... ou não!

Sentada aqui do lado de fora de casa, quando todos aqui já foram dormir... Fora o Tatu, que acabou de chegar aqui na casa das meninas, e por conseqüência a Jaqueline.

Nada muito útil pra expressar não... Até pq a palavra utilidade não tá fazendo parte da minha vida ultimamente... Nem da vida, nem do que eu acho que ando representando...
Coisas fúteis são meio complexas demais quando você não sabe o que fazer quando elas começam a fazer parte demais dos seus atos.

Significado zero.

Que os dias se tornem melhores. Com mais sorrisos verdadeiros, e menos palavras sussurradas por todos os cantos, para que as pessoas entendam de fato o que é que se acontece quando você não é aquela barreira que todos enxergam.

Blessed be!

domingo, 21 de março de 2010

O que resta...




Ando me sentindo muito sozinha, embora no meio da multidão.
Tentando demasiadamente entender o que é que as pessoas veem quando me olham... Nunca fui disso. Mas cheguei a um momento em que achei algo errado comigo mesma, tentanto entender pq meus relacionamentos (tanto amorosos, como com amigos) sempre se racham num determinado ponto. Tentando entender o pq apesar de todos ao meu redor me dizerem que eu sou isso, aquilo (coisas boas), em algum momento as coisas boas se acabam, ou nem começam.
Comecei a jogar todas as minhas esperanças numa coisa só, e que não dão certo. E aí só resta o vazio.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Lixo Orgânico. Todos nós.

- Ronaldo?

Ela chegou. To indo, eu disse, esfregando os olhos. Era ela, mesmo, o cabelo sujo e bagunçado da noite ruim, a vida atravessada na garganta. Tão linda, meu deus, mesmo com a blusa branca vomitada - nem o cheiro de bebida regurgitada embaçava a beleza dela. Ela tropeçou, riu e se apoiou na mesa da cozinha. Olhou pra baixo, jogou a mão recusando o copo d'água que eu lhe oferecia e disse, ainda babando um pouco:

- Não agüento pôr mais nada pra dentro. Nem pra fora... Chega de trânsito no meu esôfago.

Entendo, entendo. Bebi eu a água - mas ali eu bebia a ela. Três da manhã, eu de pijama, ela de salto quebrado... Amigo uma porra, eu queria ela por dentro.

- Ronaldo, eu ando tão cansada... Eu digo, cansada mesmo. Destruída. Ultrapassei meus limites.

Descanse na minha cama, eu pensava enquanto ela falava olhando pra cima, respirando o ar de uma praia inteira por vez, os peitos subindo e descendo lentamente. Eu a entendia tão bem, o cansaço dos séculos nos ombros, a falta de combustível para viver, para suportar...

- Ah, desculpa te encher com as minhas bobagens! Posso usar o banheiro?
- Vai lá, aproveita e toma logo um banho, tem toalha limpa no armário.

Ela me deu um sorriso, amansou os olhos e alisou meu rosto.

- Se não fosse você pra cuidar de mim agora, eu não sei...
- Não tô fazendo nada demais. Vai lá.

Ela foi, apoiando-se na parende, rindo nervosa e enxugando as lágrimas preto-azuladas da maquiagem. Mariana era do tipo que falava pausadamente para disfarçar a inquietação que a devorava por dentro. Era uma bomba latente. Explodia: os olhos incotroláveis piscando mil vezes por segundo enquanto ela fumava mirando o teto, o céu, o desconhecido. Mariana era uma busca eterna.

- Ronaldo!, gritou ela do box, a voz saída de um sorriso que implorava socorro, que implorava vida.
- Oi?
- O que acontece quando a gente pisa depois do limite?
- Você não faz perguntas legais quando tá bêbada. Termina teu banho...

Ela deixou escapar uma risada. Eu sei que ela não brincava quando dizia "destruída", e isso me fascinava: Mariana nunca se fazia de vítima. Nem de forte.

- Vou forrar a cama pra você, Mari! Amanhã te deixo em casa.
- Oh, chéri, não precisa, eu pego um táxi. Vim pra cá porque precisava de você.

Ah, o estouro no meu peito... Mariana, Mariana, não seja tão displicente com as palavras. É claro que ela ficou a noite toda aqui. É claro que eu disse "vou dormir no sofá, boa noite", é claro que ela miou "não, vem cá, to precisando conversar", mas claro ainda é que a conversa se transformou noutra coisa e que no dia seguinte arrotávamos ressaca-doutra-coisa.

Deixei a Mari em casa, constrangimento dispensável, beijar ou dizer "se cuida"? Homem pensa devagar nessas horas. Ela me atropelou o engarrafamento de hipóteses e saiu do carro. Fechou a porta. "A gente podia marcar de ser ver esse sábado..." num impulso, enfim, eu fiz algo. Porém ela, mais pausadamente do que nunca, respondeu que não, obrigada. Vou viajar. Morar fora, não sei. To um, trapo, UTI-quase-IML, você sabe, preciso fazer alguma coisa.

ahhh... uhnn... ta.


quarta-feira, 17 de março de 2010

Memória

Volto.
Na minha eterna luta contra eu mesma.
Na eterna vontade de querer instruir meu coração.
E falho.
Mais uma vez vou me perdendo.
Perdendo o estímulo e ganhando o medo.
Só que esse medo não me favorece.
Não traz aprendizado, só a reclusão.
A prisão dentro de mim.

Não sei se a cada amor que se apaga,
a minha armadura se torna mais forte ou mais fraca.
Parece que ao invés de criar casca e endurecer,
ela nunca cicatriza, e a cada novo amor que vai
corta mais, deixando a pele mais sensível.

...

Ainda não descobri se quero sofrer ou não.
Se quero te ter ou não.
Se quero me ter ou não.

Preciso descobrir aonde foi que larguei tudo.
Aonde foi que deixei de me respeitar.
onde foi que eu tornei você o principio do mundo.
Do meu mundo, que hoje preciso recuperar.

...

Mas aí vem aquela velha pergunta:
"Quando foi que o meu mundo foi meu?"
Sempre inventei estórias,
me inseri em sonhos que eu criei.
Sempre entreguei de bandeja os meus sentimentos.
Abdiquei do meu tão querido orgulho
por sonhos montados em cima de colunas de areia.
Fina e seca.
E que iam se desfazendo. Virando pó.
E que a única sustentação eram as minhas veias, irrigando-as com sangue.
Tentando enrijecer o que já estava perdido desde o início.




10 de Setembro de 2005

terça-feira, 16 de março de 2010

"Bem que quis, depois de tudo ainda ser feliz"
  
     Com tantos problemas no mundo, com tantas questões mais importantes sem solução, eu só gostaria de saber como se cura um coração que está se partindo há anos. Um coração que ao invés de cicatrizar e criar uma casca mais forte, parece que está sem proteção...

                                                                                      em carne viva.