Volto.
Na minha eterna luta contra eu mesma.
Na eterna vontade de querer instruir meu coração.
E falho.
Mais uma vez vou me perdendo.
Perdendo o estímulo e ganhando o medo.
Só que esse medo não me favorece.
Não traz aprendizado, só a reclusão.
A prisão dentro de mim.
Não sei se a cada amor que se apaga,
a minha armadura se torna mais forte ou mais fraca.
Parece que ao invés de criar casca e endurecer,
ela nunca cicatriza, e a cada novo amor que vai
corta mais, deixando a pele mais sensível.
...
Ainda não descobri se quero sofrer ou não.
Se quero te ter ou não.
Se quero me ter ou não.
Preciso descobrir aonde foi que larguei tudo.
Aonde foi que deixei de me respeitar.
onde foi que eu tornei você o principio do mundo.
Do meu mundo, que hoje preciso recuperar.
...
Mas aí vem aquela velha pergunta:
"Quando foi que o meu mundo foi meu?"
Sempre inventei estórias,
me inseri em sonhos que eu criei.
Sempre entreguei de bandeja os meus sentimentos.
Abdiquei do meu tão querido orgulho
por sonhos montados em cima de colunas de areia.
Fina e seca.
E que iam se desfazendo. Virando pó.
E que a única sustentação eram as minhas veias, irrigando-as com sangue.
Tentando enrijecer o que já estava perdido desde o início.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Memória
Postado por Nathalia Novaes às 14:0610 de Setembro de 2005
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